O portal de notícias da Globo, g1.globo.com, São Carlos e Araraquara, está informando que estudantes de Mococa diariamente caminham por 1,5 km para chegar ao ponto de ônibus e viajam em pé em ônibus lotado. A reportagem é da jornalista Rafaella Ferreira/Jornal da EPTV:
“As aulas começaram e muitos estudantes de Mococa (SP) voltaram à rotina de caminhar por 1,5 km para chegar ao ponto de ônibus e, depois, aguardar até uma hora de percurso rumo à escola, muitas vezes em pé devido à lotação do veículo. Mas o diretor de Educação afirma que essa situação deve mudar nos próximos dias.
Para conseguirem chegar a tempo do início da aula, as crianças e adolescentes do bairro Gildo Geraldo precisam acordar cedo e andar no escuro. “Cansa. É muito longe. Queria um ponto mais perto”, desabafou a dona de casa Maria Aparecida Ferreira de Brito, mãe de dois meninos de nove e 11 anos.
A distância não é o único problema. Muitas crianças viajam sem cinto de segurança e, como o ônibus passa antes pelo bairro Canoas, quando chega ao Gildo Geraldo já está cheio. “A gente vai para a escola em pé, chega lá e já está cansado”, afirmou um dos estudantes.
Questionada, a monitora que acompanha o grupo disse que se trata de um período de adaptação. “A gente está vendo a quantidade de alunos para ver a quantidade de ônibus que vai ter que colocar. A quantidade era menor, agora aumentou”, disse Daniela Rocha.
Mudanças - Por enquanto, dois ônibus fazem o transporte dos alunos desses dois bairros. Eles passam por 15 escolas até chegarem à ultima, na Cohab 2, depois de uma hora de viagem. O diretor de Educação da cidade, porém, promete mudanças.
“Nenhuma criança deixou de ser transportada. Claro, a gente tem os problemas de atraso e de um número grande de passageiros, mas a gente vai colocar ônibus extras para que todos sejam transportados. Isso já a partir de amanhã. Nós vamos recomendar, fiscalizar e garantir que essas crianças sejam transportadas em segurança, com a utilização do cinto”, afirmou Naider Porcel.
Ele também disse que a Prefeitura pediu uma nova escola estadual que atenda esses bairros. O projeto está em fase de licitação e, por enquanto, não há previsão para o início das obras. Em relação aos alunos que hoje estudam nas escolas mais distantes, Porcel informou que os que pediram transferência devem ser remanejados ainda nesta terça-feira (3) para unidades mais próximas.
“Nas escolas municipais, nós abrimos mais vagas para que a gente conseguisse absorver a demanda. Nós estamos relacionando os alunos que têm intenção de estudar nas escolas estaduais na região e que, por algum motivo, não conseguiram vaga, e estamos encaminhando isso para a diretoria de ensino”, comentou”.
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