Na quarta-feira, 22, em Muzambinho, aconteceu o I Fórum de Desenvolvimento da Cafeicultura, com o objetivo de discutir os problemas e dificuldades do setor com profissionais e lideranças políticas.
As discussões do Fórum resultaram em um documento que reivindica oficialmente políticas e melhorias para os cafeicultores, incluindo sugestão de preço mínimo para as sacas de café de acordo com a qualidade; segurança patrimonial; seguro agrícola e política de marketing para os cafés brasileiros. O documento foi entregue ao secretário estadual de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, João Cruz Reis Filho, que encaminhará ao governador do Estado, Fernando Pimentel/PT. O secretário anunciou R$ 5 milhões para georreferenciamento no evento.
Foco nos desafios – “Um dos problemas discutidos foi a questão dos custos de produção, fator de perda de renda dos cafeicultores que enfrentam grandes instabilidades com a queda dos preços no mercado internacional e com as adversidades climáticas. Para o reitor do IF Sul de Minas, Marcelo Bregagnoli, como um dos líderes mundiais de produção de café, o Brasil tem como desafio, pensar alternativas para apoiar a atividade, que é fonte de renda de muitas famílias e movimenta uma grande parcela da economia nacional.
Marketing para o café brasileiro – Paulo Henrique Leme, consultor de marketing, explicou para os presentes a importância do marketing no valor agregado do produto e como o café brasileiro, que tem variedades e peculiaridades de acordo até com a região que é cultivado, pode ser trabalhado em públicos específicos e diferentes mercados, de acordo com a qualidade apresentada - "é preciso um esforço de todo o setor para criar uma coordenação estratégica de marketing para concentrar e dirigir os esforços de comunicação dos cafés do Brasil" - ressaltou o consultor.
Preços mínimos – O primeiro painel, apresentado por Fabricio Andrade, coordenador do Centro de Inteligência da Universidade Federal de Lavras (UFLA) trouxe a precificação, a divisão dos custos e todos os impactos internos e externos que resultam no lucro do produtor, de forma didática, explicando ponto a ponto os custos da lavoura em todos os processos.
Clima e café – O segundo painel trouxe o pesquisador Luiz Carlos Molion, alertando sobre as perspectivas de aumento das chuvas no sudeste mineiro, o impacto dos gases na camada de ozônio e como o produtor pode e deve se informar mais sobre o tema.
Painel de debates - No ato da entrega do documento no encerramento do evento, foi montado um painel de discussões, com a moderação foi feita pelo jornalista João Batista Olive, que conduziu as perguntas feitas pelo público aos palestrantes e aos demais convidados. "Este evento promoveu a troca de ideias e provocou a disseminação da informação não só para quem participou do Fórum, mas também para quem estava em casa ou no campo, através da transmissão ao vivo pelo canal Notícias Agrícolas", afirmou Arnaldo Bottrel, um dos organizadores”, informou em nota o IF Sul de Minas.
Participantes – Mais de 600 convidados prestigiaram o evento, que contou com as palestras “Custos de produção de café nas regiões brasileiras”, ministrada por Fabrício Andrade do Centro de Inteligência em Mercados da Universidade Federal de Lavras (UFLA); “Clima e efeitos na cafeicultura”, pelo Dr. Luiz Carlos Baldicero Molion, Ph.D em meteorologia pela Universidade de Winconsin (EUA) e pós-doutor em hidrologia de florestas pelo Instituto de Hidrologia em Wallingford (Inglaterra); e sobre o “Marketing do café”, proferida por Paulo Henrique leme da UFLA.
Para compor a mesa de autoridades, foram convidados o secretário estadual de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, João Cruz Reis Filho; o prefeito de Muzambinho e presidente da Amog, Ivan de Freitas; o superintendente federal da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcílio de Souza Magalhães; o presidente da Assul, Oswaldo Botrel; o presidente do Conselho do Café da Amog, Fernando Barbosa; o reitor do IF Sul de Minas, Marcelo Bregagnoli; o diretor-geral do Câmpus Muzambinho, Luiz Carlos Machado Rodrigues; os deputados estaduais, Antônio Carlos Arantes, Cássio Soares e Emídio Madeira; o presidente da Cooxupé e representante do Conselho Nacional de Cafeicultura, Carlos Alberto Paulino da Costa; e o diretor da Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais, e Conselho Nacional do Café, Breno Mesquita (Foto; Galeria de Fotos).
O I Fórum de Desenvolvimento da Cafeicultura foi realizado pelo Conselho do Café da Associação dos Municípios da Microrregião da Baixa Mogiana, da Amog, e Associação dos Sindicatos Rurais do Sul de Minas, a Assul, teve apoio do Instituto Federal do Sul de Minas, o IF Sul de Minas, e ocorreu no Câmpus Muzambinho.
(Fotos: IF Sul de Minas/divulgação)
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