Araraquara – Do Correspondente
Em 17 de agosto deveria se comemorar o dia do patrimônio histórico e pouco se fala na importância do assunto: preservação do patrimônio histórico, cultural e artístico no país.
Preservar a cidade atravessa a proteção ao patrimônio histórico e cultural. Alvo de polêmicas, principalmente nos dois últimos anos em Araraqura, que coloca em discussão a relação da cidade com sua história na iminência da destruição e vem chamando atenção da população, considerando que prédios históricos estão sendo demolidos mesmo com ressalvas na legislação.
O iminente perigo de destruição envolve fatores como a relação da população com a cidade, a falta de educação patrimonial com valorização e preservação do passado, aquém dos interesses políticos e econômicos envolvidos.
O tombamento é um dos muitos meios possíveis de se proteger a memória de cada lugar, mas não é o único. Existem outros graus de proteção, como inventário, registro oficial em álbum do município, selos de monumentos históricos ou programas de incentivo de proteção que deveriam ser mais discutidos e usados na cidade, como alternativas criativas que resultassem novos pontos turísticos municipais oficiais.
Demandas - Em Araraquara, o COMPPHARA – Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico é o órgão responsável pela observação da legislação, formado por representantes da sociedade civil e órgãos de interesse, presidido pelo secretário municipal da Cultura e, também, secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Renato Haddad, que, por sua vez, acumula o cargo de presidente da Associação Comercial e Industrial do município.
Recentemente, a Câmara Municipal aprovou por unanimidade a Lei Municipal que institui o Álbum de Araraquara de 1915, como símbolo oficial do município, em esforços empenhados pelo historiador Rogério Belmiro Tampellini.
Atualmente, segue em inquérito civil público junto ao IPHAN– Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, com acompanhamento do MPF - Ministério Público Federal, requerimento do publicitário Théo Bratfisch, que relaciona objetos de estudos para tombamento de bens materiais imóveis e registros de bens imateriais relacionados aos saberes rurais, a serem atribuídos ao distrito rural de Bueno de Andrada.
Até o momento, nem o COMPPHARA e nem a coordenadoria executiva de eventos e Turismo se manifestaram pela prefeitura. O presidente da Câmara Municipal, Elias Chediek, estaria agendando uma audiência conjunta com o prefeito Marcelo Barbieri para tratar dessa matéria, por solicitação do publicitário Théo Bratfisch, conselheiro da AMITur – Associação Brasileira dos Municípios de Interesse Cultural e Turístico, cuja pauta visa apresentar ao prefeito, sua proposta de implantação do Museu da Roça, como o primeiro museu regional do homem do campo e no meio rural em Bueno de Andrada, além de sugestões para soluções que somariam pontos estratégicos para contemplar Araraquara como MIT – Município de Interesse Turístico do Estado de São Paulo, que significa garantir recursos estaduais anuais de aproximadamente meio milhão de reais, a serem utilizados para melhorias em pontos turísticos municipais e incentivo ao desenvolvimento socioeconômico sustentável, para gerar empregos e renda, em tempos de economia criativa, onde a preservação municipal do patrimônio histórico, cultural e artístico deve ser atrelado com promoção turística, e deveria ser especificado no Plano Diretor de Turismo, que até então, aos 198 anos de Araraquara, nunca existiu.
(Foto: divulgação)
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