A 14ª melhor ligação rodoviária do Brasil chega até Mococa (rodovia SP-340). Isto é o que revela a Pesquisa CNT de Rodovias 2015 feita pela Confederação Nacional dos Transportes, a CNT, pelo Serviço Social do Transporte, o Sest, e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte, o Senat.
A SP-340 recebeu no quesito Geral da pesquisa a classificação "Ótimo" (Estado Geral: Ótimo; Pavimento: Ótimo; Sinalização: Ótimo; Geometria da Via: Bom; extensão pesquisada: 168 km), ficando no 14º lugar do ranking nacional das melhores ligações rodoviárias e entre as 20 melhores. A pesquisa avaliou o trecho Sorocaba-Cascata-Mococa (rodovias SP-075, SP-340, SP-342 e SP-344).
Na região, o trecho São Carlos-São João da Boa Vista-São José do Rio Pardo (rodovias SP-215/BR-267, SP-350, e SP-350/BR-369) ficou em 16º lugar no ranking nacional das melhores ligações rodoviárias.
As melhores e a pior do Brasil - Segundo a pesquisa, a melhor ligação rodoviária do Brasil é o trecho entre São Paulo e Limeira (rodovias SP-310/BR-364 e SP-348); na segunda colocação está o trecho entre Bauru e Itirapina (rodovias SP-225/BR-369); e em terceiro, o trecho entre São Paulo e Taubaté (rodovia SP-070).
A pior ligação rodoviária do Brasil está situada entre Marabá/PA e Dom Eliseu/PA (rodovia BR-222).
Panorama atual das rodovias brasileiras - Com o objetivo de oferecer um panorama atual da malha rodoviária brasileira, as entidades pesquisaram 100.673 km durante 30 dias de coleta em campo.
“Da extensão total avaliada nessa 19ª edição, 57,3% apresentaram algum tipo de deficiência no estado geral (que inclui a avaliação conjunta do pavimento, da sinaliza- ção e da geometria da via), sendo que 6,3% estavam em péssimo estado, 16,1% ruim e 34,9% regular. Possuem condições adequadas de segurança e desempenho 42,7%, que tiveram classificação ótimo ou bom no estado geral. Em relação ao pavimento, foram identificados 48,6% da extensão com algum tipo de deficiência. A sinalização apresenta problemas em 51,4% da extensão avaliada, e a geometria da via em 77,2%. Os problemas das rodovias brasileiras tornam-se ainda mais graves com a constatação de que 86,5% dos trechos avaliados apresentam rodovias simples de mão dupla. A série histórica desse estudo consolidado revela a necessidade de priorizar o setor de transporte para que a logística se torne mais competitiva e para que o Brasil ofereça melhores condições de segurança para a sociedade. As indicações da Pesquisa CNT de Rodovias são uma referência para a definição e aplicação dos recursos de forma eficaz” informam em nota os organizadores.
“Diante da dificuldade do governo em aplicar recursos nas rodovias brasileiras, a participação da iniciativa privada torna-se fundamental para promover melhorias na infraestrutura de transporte. Um ano após o início das concessões rodoviárias realizadas por meio do PIL (Programa de Investimentos em Logística), já é possível verificar melhora significativa nos resultados das avaliações das rodovias concedidas, principalmente nesses novos trechos. De acordo com a Pesquisa CNT de Rodovias 2015, 78,3% da extensão concedida avaliada teve o estado geral classificado como ótimo ou bom. Apenas 21,7% foram classificados como regulares, ruins ou péssimos. Em 2015, foram percorridos 19.804 km (19,7%) de rodovias concedidas e 80.959 km (80,3%) de rodovias sob gestão pública. Nas vias públicas, geridas pelos governos federal e estaduais, há uma situação inversa. A maior parte da extensão pesquisada (65,9%) apresenta algum tipo de deficiência no estado geral, sendo 38,7% regular, 19,4% ruim e 7,8% péssimo. Somente 34,1% da extensão pública foram classificadas como ótimas ou boas. A diferença também ocorre nas outras variáveis. O pavimento das concedidas está ótimo ou bom em 79,5% da extensão avaliada; nas públicas, em 44,6%. O percentual de sinalização ótima ou boa é de 84,2% nas concedidas e de 39,8% nas públicas. Em relação à geometria da via, 38,9% é o percentual de ótimo e bom nas concedidas e 18,8% nas públicas”, completam.
Os aspectos negativos das rodovias - “Trafegar por vias com infraestrutura inadequada potencializa a ocorrência de acidentes. Com os problemas na sinalização, os motoristas têm mais dificuldades de receber as instruções para uma condução correta. A geometria da via, que incluicurvas perigosas e falta de acostamento, pode comprometer a segurança, assim como buracos ou falhas no pavimento. Em 2014, foram registrados 169.163 acidentes em rodovias federais fiscalizadas pela PRF (Polícia Rodoviária Federal). Além da perda de vidas e das sequelas, há prejuízos financeiros. Estima-se que os acidentes de 2014 geraram um custo de R$ 12,3 bilhões (cada ocorrência implicou um custo médio de R$ 72,70 mil). Os acidentes com vítimas fatais possuem o custo econômico médio mais elevado, R$ 646,76 mil por ocorrência, em razão das perdas da produção potencial dos indivíduos. Além disso, os gastos com a saúde das pessoas acidentadas, os danos materiais e a perda de cargas são exemplos de custos mensuráveis. Uma avaliação internacional feita em 140 países reflete as deficiências das rodovias brasileiras. Segundo o ranking de competitividade do Fórum Econômico Mundial, divulgado em setembro de 2015, a qualidade das rodovias do Brasil encontra-se na 121ª posição”, alertam os organizadores da pesquisa.
(Foto: reprodução)
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