O portal de notícias da Globo, g1.globo.com, São Carlos e Araraquara, está informando que funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, o Samu, de 8 cidades da região de Mococa ainda não receberam o 13º salário:
“Os funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Santa Cruz das Palmeiras (SP) e outras sete cidades da região estão sem receber o 13º salário. O atendimento está mantido, mas o fim de ano foi magro para as famílias de quem trabalha para salvar vidas. O prefeito de Caconde, Luciano Semensato (PSDB), que é o atual presidente da Consórcio de Desenvolvimento da Região de Governo de São João da Boa Vista (Conderg) não foi encontrado para comentar o assunto.
unidade de Palmeiras, 23 funcionários ficam sem receber o 13º. A primeira parcela deveria ter sido paga até o dia 30 de novembro e a segunda até o dia 20 de dezembro."Fiz uma programação com o 13º, estou casando, fiz uma dívida grande contando com ele, tem pensão para pagar e eu não sei como vai ficar até eu receber o 13º", lamentou o enfermeiro Willian César Landgraf Martins.
"Atrapalhou tudo. Não consegui fazer a minha ceia de Natal, não consegui honrar os meus compromissos. A gente se programa no final do ano para isso e a gente não consegue, não consegui cumprir com isso. É complicado para a gente", afirmou o socorrista Uilian Roberto Rodrigues.
E-mail e falta de repasse – Três dias depois do prazo máximo para o pagamento do 13º os funcionários do Samu receberam um e-mail do Consórcio de Desenvolvimento da Região de Governo de São João da Boa Vista (Conderg), que gerencia o serviço. No comunicado, o consórcio explica que está em busca de um empréstimo para pagar os funcionários, mas ainda não há previsão de quando isso será feito.
Conderg mantém o Samu com verbas do Ministério da Saúde e das prefeituras. A direção do consórcio informou aos funcionários que o dinheiro deveria ter sido repassado pelas prefeituras, mas não foi. Mas, no site da Fundação Nacional de Saúde, ligada ao ministério, consta que o repasse foi feito.
Mesmo sem os pagamentos, o serviço não será paralisado. "É um serviço de emergência. Pode acontecer qualquer acidente e nós estamos preparados para atender, por isso que a gente não pode parar", disse o enfermeio Anderson Perroni.
Além do atraso no pagamento do 13º, o Samu de Santa Cruz das Palmeiras sofre com a falta de médicos. O único profissional que atendia as ocorrências no município, está de licença há cerca de duas semanas.
Tambaú – Dois funcionários de Tambaú fazem parte do grupo de nove trabalhadores. Eles têm filhos e na casa deles o natal foi difícil. "E eu com filho pequeno de um ano e dois meses fica tudo difícil, ficou muita coisa para trás. Esse atraso está mudando as coisas em casa com a falta do leite da criança. É difícil", contou o técnico em enfermagem Sandro Barioni. Foi a primeira vez que o 13º atrasou, mas já houve pagamentos de salários atrasados em 2015.
Os mesmo funcionários reclamaram das condições precárias de trabalho em Tambaú, onde quartos são improvisados e sem estrutura. Eles também estavam preocupados com o armazenamento dos medicamentos. A administração municipal não foi encontrada para comentar o caso.
Em nenhuma das cidades que o Conderg administra o 13º foi pago. O atraso no pagamento dos salários do Samu da região gerenciada pelo consórcio já foi tema de reportagem do Jornal da EPTV”.
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