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Como impedir que a crise afete sua vida
Geral - 30/05/2016

Vivemos em um momento de crise econômica, crise política e altas taxas de desemprego. Neste cenário, seria natural imaginarmos que estas coisas possuem um grande poder de nos abalar emocionalmente, mas segundo a Psicologia Positiva, campo da psicologia criado em 1998 nos Estados Unidos e amplamente estudado e aplicado em todo o mundo, o nosso estado geral de felicidade é impactado em apenas 10% pelas coisas que nos acontecem, as circunstâncias, 50% deste total é guiado por nossa genética e 40% é escolha individual de cada um.

Segundo Gaya Machado, palestrante especialista em Psicologia Positiva e Desenvolvimento Humano, isso significa que você, a despeito do que te aconteça, através de seus pensamentos e atitudes, tem o poder de decidir se será ou não feliz.

Ela explica: "É claro que situações extremas como as que enfrentamos hoje no Brasil nos colocam em cheque, mas a psicologia positiva, apoiada por diversos estudos de neurociência, defende que o objeto ao qual dedicamos nosso tempo e concentramos nossa energia mental pode transformar nossa realidade", diz.

Ao contrário do que se imaginou durante grande parte do século XX, o cérebro é maleável e pode mudar ao longo da vida, de acordo com a forma com a qual é estimulado, nossas ações e circunstâncias. Esta neuroplasticidade cerebral permite que, ao predispormos nosso cérebro a buscar alternativas e soluções ao invés de se focar em perdas e lamentações, criamos uma tendência física de procurar oportunidades e nos focar nelas, desta forma temos muito mais chance de reverter situações difíceis, encontrando alternativas para elas.

Emoções positivas fazem bem para o cérebro – O especialista em potencial humano, Shawn Achor, que por anos foi professor assistente da disciplina de Felicidade na Universidade de Havard, esclarece que a felicidade também nos proporciona uma vantagem química concreta, uma vez que as emoções positivas inundam nosso cérebro com dopamina e serotonina, substâncias químicas que não apenas nos fazem sentir bem como também sintonizam os centros de aprendizado do cérebro em um patamar mais elevado. Elas nos ajudam a organizar informações novas, mantêm estas informações por mais tempo no cérebro e as acessam com mais rapidez no futuro. E nos permitem criar e sustentar mais conexões neurais, o que, por sua vez, nos possibilita pensar com mais rapidez e criatividade, ser mais hábeis em análises complexas e na resolução de problemas e enxergar e inventar novas maneiras de fazer as coisas.

Gaya Machado (foto; Galeria de Fotos) conclui: "Por isso é muito importante que escolhamos agir hoje para construir o nosso futuro, buscando nos focar nas oportunidades que os novos desafios nos trazem, na certeza de que as coisas que nos acontecem, ainda que não saiam como gostaríamos, impactam em apenas 10% nosso índice de felicidade. Cada um de nós pode e deve escolher ser feliz, lembrando sempre que você não é o que te acontece, mas o que você escolhe fazer com isso.”

 

 

 

(Foto ilustrativa: reprodução)

 

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