Segundo o Ministério da Saúde, o AVC no Brasil é a primeira causa de morte, mais até do que a AIDS e câncer de mama. Mais conhecido como derrame, a doença deixou de ser característica apenas de pessoas idosas e hoje jovens adultos, adolescentes e até as crianças recém-nascidas já sofrem com este mal.
Aproveitando o Dia Mundial do Combate ao Acidente Vascular Cerebral, comemorado no sábado, 29, o médico neurologista, Carlos Bosco Marx, do Hospital Sepaco, localizado em São Paulo, alerta que grande parte da população mundial está em risco e a situação tende a piorar. “É preciso estar atento a qualquer alteração do corpo, pois se trata de uma doença grave e silenciosa”.
A boa notícia é que o AVC pode ser evitado mediante acompanhamento clínico preventivo e pacientes acometidos pela doença podem manter sua qualidade de vida com tratamento multidisciplinar adequado. “Assim como as pessoas realizam check-ups para evitar os problemas cardíacos, é fundamental realizá-los para prevenir os acidentes vasculares encefálicos”, avalia Dr. Bosco.
Reconhecimento dos sinais do AVC – É importante estar alerta e aprender a reconhecer os sinais precoces do AVC. Se houver rapidez no atendimento inicial, é possível utilizar um medicamento para dissolver o coágulo que obstrui a artéria cerebral causadora dos sintomas em até 4,5 horas do início dos sintomas. “Desta forma, muitos pacientes tem uma boa recuperação neurológica com baixo índice de sequelas e boa qualidade de vida”, comenta o neurologista.
Os sinais mais comuns são: fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna e em um lado do corpo; confusão mental; alteração da fala ou compreensão da linguagem; alterações visuais (perda súbita/escurecimento visual); alteração do equilíbrio; perda de coordenação motora; tonturas e dor de cabeça súbita e intensa, sem causa aparente. “Ao sentir qualquer um desses sintomas, anote o horário em que começaram e procure imediatamente atendimento médico, pois ‘tempo é cérebro’”, explica dr. Bosco.
Existem alguns fatores de risco que podem ser motivos facilitadores para um AVC, tais como doença vascular periférica, doenças cardíacas, tabagismo, hipertensão arterial, diabetes, sedentarismo, colesterol alto, uso de anticoncepcionais, álcool e drogas ilícitas.
Para o especialista, o controle adequado desses fatores de risco pode diminuir a probabilidade de uma pessoa ter um Acidente Vascular Cerebral e suas complicações.
Desta forma, tome alguns cuidados preventivos para garantir sua saúde, entre eles: adote uma alimentação saudável, pare de fumar; pratique algum tipo de exercício físico regularmente. Para quem tem pressão alta, a dica é fazer um esforço para tomar seus remédios conforme prescrição médica e, já para os diabéticos, preste atenção na dieta, para bom controle da glicemia e tome os remédios regularmente.
(Foto ilustrativa: reprodução/Internet)
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