A Agência de Transporte do Estado de São Paulo, a Artesp, e 22 concessionárias paulistas aderiram à campanha educativa contra a hanseníase, que é tema do mês Janeiro Roxo. Durante todo este mês, os painéis luminosos das rodovias do estado de São Paulo estão veiculando a mensagem “Janeiro Roxo – Todos Contra a Hanseníase” (foto). São 352 painéis e 22 concessionárias.
Em 2017, o Ministério da Saúde instituiu o mês de janeiro e a cor roxa para conscientização sobre a hanseníase. Também no ano passado, a Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH), entidade que completa 70 anos em 2018, lançou a campanha nacional “Todos Contra a Hanseníase” e está promovendo ações educativas em todo o Brasil.
O Brasil é o segundo país com mais casos de hanseníase, atrás da Índia. Por ano, são registrados perto de 30 mil casos da doença, nos vários estados brasileiros e dentre as várias classes sociais, incluindo adultos e crianças. A título de comparação, o Brasil registra oficialmente a mesma quantidade de casos de HIV/AIDS anualmente.
O mococa24horas.com.br apoia a campanha “Todos Contra a Hanseníase”.
Tratamento gratuito - O presidente da SBH-Sociedade Brasileira de Hansenologia, médico Claudio Salgado, alerta que a doença tem cura, mas, se não diagnosticada e tratada a tempo, pode provocar sequelas irreversíveis. 90% da população têm defesa natural contra a doença, mas a hanseníase leva de 5 a 10 anos para se manifestar. O número alto de casos da doença em menores de 15 anos mostra que esses pacientes tiveram contato com o bacilo ainda muito jovens.
O tratamento é gratuito em todo o território nacional. A hanseníase afeta os nervos e o doente pode perder ou ter diminuição da sensibilidade ao toque, à dor, ao frio e calor, além de formigamentos e dormências. Podem surgir manchas avermelhadas ou esbranquiçadas na pele. Hanseníase e diabetes são as doenças que mais causam feridas. Além disso, a hanseníase é a doença infecciosa que mais cega. Se for diagnosticada a tempo, as sequelas podem ser controladas e o paciente terá uma vida normal. Os exames de laboratório conseguem identificar menos de 50% dos casos, mas a SBH alerta que o exame clínico é suficiente para o diagnóstico.
“Muitas pessoas convivem durante anos com a doença sem conhecer os sintomas. Por isso, precisamos que jovens e adultos sejam alertados e se tornem multiplicadores de informações, para evitar o diagnóstico tardio e as sequelas”, alerta Salgado.
Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto adere à campanha - A fachada da septuagenária da Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto, a AEAARP, já está iluminada na cor roxa (foto; Galeria de Fotos, não disponível na versão mobile do site), instituída pelo Ministério da Saúde para o mês de conscientização sobre a hanseníase. Mês e cor foram oficialmente anunciados a partir de 2017. Para o presidente da AEAARP, Carlos Alencastre, “Sabemos que este tipo de campanha é uma luta de toda a sociedade. É um importante papel que as entidades de classe podem e devem abraçar”.
A campanha Janeiro Roxo – Todos Contra a Hanseníase está em fachadas de empresas e organizações em vários pontos do País. A campanha Todos Contra a Hanseníase, da SBH, é permanente.
(Fotos: divulgação)