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Bolsonaro é o novo presidente do Brasil. Em Mococa, teve 24,3 mil votos
Cidade - 16/11/2018

Os brasileiros já têm seu novo presidente da República, que governará o País de 2019 a 2022. Foi eleito neste domingo, dia 28, no segundo turno das Eleições 2018, o deputado federal pelo Rio de Janeiro e militar reformado, Jair Bolsonaro/PSL, com 57.797.259 votos, perfazendo 55,13% dos votos válidos. O candidato do PT e do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Haddad, teve 47.039.717 votos, perfazendo 44,87% dos votos válidos (Fonte: TSE, às 23h09 do dia 28/10/2018).

Em Mococa, a exemplo do 1º turno, Jair Bolsonaro também venceu e recebeu 24.341 votos dos mocoquenses, perfazendo 75,35% dos votos válidos. Já o candidato Fernando Haddad/PT teve 7.963 votos, perfazendo 24,65% dos votos válidos (Fonte: TSE, às 21h58 do dia 28/10/2018). No 1º turno, Jair Bolsonaro/PSL recebeu 18.743 votos (56,10% dos votos válidos) dos eleitores mocoquenses e Fernando Haddad/PT, 2.771 votos (8,29% dos votos válidos).

Terceiro militar eleito pelo voto direto – antes foram Hermes da Fonseca (1910) e Eurico Gaspar Dutra (1945) – e o 38º presidente da República na história do Brasil, Jair Bolsonaro tem 63 anos, é deputado federal pelo Rio de Janeiro, em seu sétimo mandato consecutivo, e capitão reformado do Exército.

Mocoquenses comemoram vitória de Bolsonaro – Neste domingo, dia 28, após conhecido o resultado oficial, centenas de eleitores mocoquenses do presidente eleito, Jair Bolsonaro/PSL, comemoraram a vitória promovendo um buzinaço pelas principais ruas da cidade, entre elas Av. Dr. Américo Pereira Lima e ruas Cel. Diogo e Pernambuco.

Bolsonaro diz que cumprirá promessas e governará com a Constituição – Em seu primeiro discurso, o novo presidente do Brasil disse que cumprirá promessas e governará com a Constituição.

Confira a reportagem de Pedro Rafael Vilela, repórter da Agência Brasil:

“O presidente eleito do país Jair Bolsonaro (PSL) usou sua conta oficial no Facebook, que tem mais de 8 milhões de seguidores, para transmitir seu primeiro discurso após a vitória. Com mais de 97% das urnas apuradas, o pesselista obteve pouco mais de 55% dos votos válidos, contra 44% de Fernando Haddad (PT).

Foram quase 8 minutos de pronunciamento na rede social, ao lado de sua esposa, Michele, e de uma tradutora de Libras (Língua Brasileira de Sinais). As imagens foram gravadas na casa do próprio candidato eleito. Sobre a mesa, havia exemplares da Bíblia, da Constituição e de um livro sobre o ex-primeiro ministro britânico Wiston Churchill, que liderou o Reino Unido durante a Segunda Guerra Mundial.

Inicialmente, Bolsonaro fez uma referência religiosa e agradeceu aos médicos que cuidaram de sua saúde, após o atentando à faca que sofreu no dia 6 de setembro. "Fizemos uma campanha diferente das outras. Nossa bandeira e nosso slogan, fui buscar naquilo que muitos chamam de caixa de ferramentas para consertar o homem e a mulher: a Bíblia sagrada",

Ele lembrou que tomou a decisão de disputar a Presidência da República há quatro anos. "A verdade tem que começar a valer dentro dos lares, até o ponto mais alto, que é a Presidência da República. O povo, mais que o dever, tem o direito de saber o que acontece em seu país. Graças à Deus, essa verdade o povo entendeu perfeitamente. Alguém sem um grande partido, sem um fundo partidário, com grande parte da grande mídia o tempo todo criticando, colocando-me numa situação, muitas vezes, próximo a uma situação vexatória".

Sem fazer referência a Fernando Haddad, o presidente eleito falou que o país clamava por mudança e fez críticas à esquerda, prometendo governar sem indicações políticas. "Não podíamos mais continuar flertando com o socialismo, o comunismo e o extremismo da esquerda. (...) O que eu mais quero, seguindo o ensinamento de Deus, ao lado da Constituição brasileira, inspirando-se em grandes líderes mundiais e com uma boa assessoria técnica e profissional, isenta de indicações políticas de praxe, começar a fazer um governo, a partir do ano que vem, que possa colocar o Brasil em um lugar de destaque", afirmou.

Bolsonaro disse ainda que terá governabilidade, "dado os contatos que fizemos ao longo dos últimos anos" e disse que "todos os compromissos assumidos com essas bandeiras serão cumpridos, com o povo em cada local do Brasil em que estive presente".  

Pronunciamento

Minutos depois, Bolsonaro falou em rede nacional, para emissoras de rádio e televisão do país. Antes de ler o discurso escrito, houve um rápido momento de oração, puxado pelo senador Magno Malta (PR), integrante da bancada evangélica e aliado do presidente eleito. Nesse segundo pronunciamento, Bolsonaro voltou a agradecer a Deus e ao povo brasileiro e falou dos diversos compromissos assumidos.

"O que ocorreu hoje na urnas não foi a vitória de um partido, mas a celebração de um país pela liberdade. O compromisso que assumimos foi fazer um governo decente. Nosso governo será formado por pessoas com o mesmo propósito de transformar nosso país em uma grande, livre e próspera nação. Trabalhermos dia e noite para isso", afirmou.

Em seguida, defendeu as liberdades de empreender, política, religiosa e de informar e ser informado. Bolsonaro disse que "não existem brasileiros do Sul e do Norte. Somos todos um só país, somos todos uma só nação". Ao se dirigir aos jovens, ele disse que vai governar "com os olhos nas futuras gerações e não na próxima eleição".

Federação

Bolsonaro falou também em "desamarrar" o Brasil e disse que vai descentralizar a liberação de recursos para os municípios. "Os recursos federais irão diretamente do governo central para os estados e municípios. Precisamos de mais Brasil e menos Brasília".      

Economia

O presidente eleito prometeu reduzir o tamanho do Estado. "O governo dará um passo atrás, reduzindo sua esturutura e cortando privilégios, para que a sociedade dê muitos passos à frente". Afirmou que terá compromisso com o emprego, a renda e o equilíbrio fiscal. O pesselista defendeu o direito de propriedade e falou em "quebrar o ciclo vicioso do crescimento da dívida [pública]". Ele disse que é preciso eliminar o déficit primário "o mais rápido possível e converter em superávit".

Política externa

Bolsonaro fez referência à política externa do país e disse que vai libertar o Itamaraty do que chamou de "viés de esquerda": "O Brasil deixará de estar apartado das nações desenvolvidas", afirmou.

Ao ser questionado por um repórter que mensagem ele teria para o conjunto de eleitores, inclusive os que não o elegeram, Bolsonaro prometeu trabalhar pela pacificação do país. "Vamos pacificar o Brasil e, sob a Constituição e as leis, vamos construir uma grande nação", afirmou”. 

 

 

(Foto: Tânia Rego/Agência Brasil/divulgação)

 

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