Jovens estudantes de São Carlos estão entre os participantes do programa de empreendedorismo universitário Academic Working Capital (AWC), do Instituto TIM, que “tem como missão criar e potencializar recursos e estratégias para a democratização da ciência, tecnologia e inovação, promovendo o desenvolvimento humano, utilizando a tecnologia móvel como um dos principais habilitadores.” Os universitários participam de diversas rodadas de workshops e recebem orientação de negócios e recursos financeiros para transformar seus projetos de final de curso em produtos, que serão apresentados a investidores e especialistas no final deste ano.
O estudante de Engenharia Elétrica da USP, Bruno Felipe de Azevedo Santos, de 28 anos (foto), fundou a start up Thinkmilk em 2016, durante uma pesquisa para a Oficina de Inovação da universidade, inspirado no trabalho do pai, que é veterinário. Ao longo de seu intercâmbio na Suíça no mesmo ano, Bruno participou de vários workshops, programas de treinamentos e missões de exploração de mercados, além de ter viajado para outros países como Índia e África do Sul. Ao retornar ao Brasil, Bruno conheceu o AWC por meio de amigos da universidade que já haviam participado do projeto.
Em 2019, seguindo o processo inverso, Bruno transformou sua startup em seu trabalho de conclusão de curso e o inscreveu no programa do Instituto TIM. “O processo superou a expectativa, pois nos incentiva a transformar um projeto acadêmico em um produto em benefício da sociedade, por meio do crescimento coletivo. Periodicamente estamos em contato com os mentores, sempre muito acessíveis e dispostos a participar e nos ajudar. O AWC é uma iniciativa importante para fortalecer o empreendedorismo científico, estimulando que o estudante desenvolva projetos que se tornem produtos para resolver problemas reais”, destaca Bruno.
O jovem desenvolveu um sensor eletrônico que analisa o leite durante a ordenha e identifica a qualidade do produto. De acordo com o jovem, o objetivo do Thinkmilk é detectar a mastite precocemente durante a ordenha, evitando perdas e a utilização de antibióticos em excesso. “O sensor irá proporcionar ao produtor não somente a redução de custo, mas também a utilização racional e sustentável de antibióticos para tratar a doença”, destaca Bruno.
Já Thalita Braga, graduanda em Engenharia de Materiais e Manufaturas da Escola de Engenharia da USP de São Carlos criou a GAIA GreenTech, que oferece uma solução para o descarte sustentável de eletrônicos, como fones de ouvido, celulares, tablets e notebooks.
Atualmente, a Gaia GreenTech possui seis pontos de entrega em São Carlos em andamento na UfsCar, USP, Novo Lab, Shopping Iguatemi e na Prefeitura. Os moradores da cidade encontram no coletor um código, com o qual o usuário pode acompanhar a jornada do descarte correto. “Quem realiza o descarte consciente recebe benefícios, com pontos cumulativos que podem ser utilizados em parceiros da GAIA, tais como: cafeterias, festival de música, loja de sapatos e até psicóloga”, destaca Thalita.
(Foto: divulgação)
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