A Quaresma começou a ser celebrada nesta quarta-feira, dia 26, pelos católicos e algumas comunidades cristãs e cada paróquia de Mococa celebrou o seu início, com celebrações penitenciais e uma programação que tem como objetivo levar seus fiéis à reflexão, “é um tempo em que a compaixão se concretiza na solidariedade”, segundo disse o papa Francisco (foto, Galeria de Fotos; não disponível na versão mobile do site). É um período marcado pelo jejum, oração e fortalecimento da fé, que se estende até abril, antecedendo a Páscoa.
Os sacerdotes atenderão fiéis para confissões, que “é o sacramento onde o cristão recebe da misericórdia de Deus o perdão de seus pecados e é reconciliado com a Igreja.” Confira a programação das confissões nas paróquias de Mococa, sempre com início às 19h30:
- 2 de março: Paróquia São Sebastião
- 3 de março: Paróquia São Cristóvão
- 4 de março: Paróquia Santa Terezinha
- 5 de março: Paróquia São Benedito (distrito de São Benedito das Areias)
Paróquia Nossa Senhora da Luz (distrito de Igaraí)
- 9 de março: Paróquia Sagrada Família
- 10 de março: Paróquia São Domingos (Comunidade São Lucas, das 15h00 às 19h30)
- 11 de março: Paróquia Santa Cruz
- 12 de março: Paróquia Santo Antônio
- 16 de março: Paróquia Santa Luzia
Campanha da Fraternidade e o Papa Francisco – Esta quarta-feira, dia 26, também foi marcada pela abertura oficial da Campanha da Fraternidade 2020, cujo tema é “Fraternidade e Vida, Dom e Compromisso” e o lema bíblico “Viu e sentiu compaixão e cuidou dele”, que desafia o cristão a fortalecer os cuidados com a vida, tão banalizada pela violência diária e a morte.
O papa Francisco enviou a seguinte mensagem a todos os fiéis das paróquias, conunidades, dioceses, bispos da CNBB e comunidades do Brasil, onde pede a intercessão de Santa Dulce dos Pobres para que a “Quaresma e a Campanha da Fraternidade, inseparavelmente vividas, sejam para todo o Brasil um tempo em que se fortaleça o valor da vida, como dom e compromisso”:
“Queridos irmãos e irmãs do Brasil!
Iniciamos a Quaresma, tempo forte de oração e conversão em que nos preparamos para celebrar o grande mistério da Ressurreição do Senhor.
Durante quarenta dias, somos convidados a refletir sobre o significado mais profundo da vida, certo de que somente em Cristo e com Cristo encontramos resposta para o mistério do sofrimento e da morte. Não fomos criados para a morte, mas para a vida e a vida em plenitude, a vida eterna (cf. Jo 10,10).
Alegro-me que, há mais de cinco décadas, a Igreja do Brasil realize, no período quaresmal, a Campanha da Fraternidade, anunciando a importância de não separar a conversão do serviço aos irmãos e irmãs, sobretudo os mais necessitados. Neste ano, o tema da Campanha trata justamente do valor da vida e da nossa responsabilidade de cuidá-la em todas as suas instâncias, pois a vida é dom e compromisso; é presente amoroso de Deus, que devemos continuamente cuidar. De modo particular, diante de tantos sofrimentos que vemos crescer em toda parte, que “provocam os gemidos da irmã terra, que se unem os gemidos dos abandonados do mundo, com um lamento que reclama de nós outro rumo” (Carta Enc. Laudato Si’, 53), somos chamados a ser uma Igreja samaritana (cf. Documento de Aparecida, 26).
Por isso, estejamos certos de que a superação da globalização da indiferença (cf. Exort. Ap. Evangelii gaudium, 54) só será possível se nos dispusermos a imitar o Bom Samaritano (cf. Lc 10, 25-37). Esta Parábola, que tanto nos inspira a viver melhor o tempo quaresmal, nos indica três atitudes fundamentais: ver, sentir compaixão e cuidar. À semelhança de Deus, que ouve o pedido de socorro dos que sofrem (cf. Sl 34,7), devemos abrir nossos corações e nossas mentes para deixar ressoar em nós o clamor dos irmãos e irmãs necessitados de serem nutridos, vestidos, alojados, visitados (cf. Mt 25, 34-40).
Queridos amigos, a Quaresma é um tempo propício para que, atentos à Palavra de Deus que nos chama à conversão, fortaleçamos em nós a compaixão, nos deixemos interpelar pela dor de quem sofre e não encontra quem o ajude. É um tempo em que a compaixão se concretiza na solidariedade, no cuidado. “Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia” (Mt 5,7)!
Por intercessão de Santa Dulce dos Pobres, que tive a alegria de canonizar no passado mês de outubro e que foi apresentada pelos Bispos do Brasil como modelo para todos os que veem a dor do próximo, sentem compaixão e cuidam, rogo ao Deus de Misericórdia que a Quaresma e a Campanha da Fraternidade, inseparavelmente vividas, sejam para todo o Brasil um tempo em que se fortaleça o valor da vida, como dom e compromisso.
Envio a todos e cada um a Bênção Apostólica, pedindo que nunca deixem de rezar por mim.
Vaticano, 26 de fevereiro de 2020”
(Foto: Vatican News/divulgação)
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