Uma boa notícia para quem sofre de enxaqueca. Ribeirão Preto foi a primeira cidade do Brasil a aplicar o medicamento revolucionário e específico para enxaqueca. As duas primeiras aplicações aconteceram no dia 21 de fevereiro, na Clínica de Infusão Immunità, que fica no Centro Médico RibeirãoShopping, em Ribeirão Preto. O novo medicamento, que leva o nome de Erenumabe, promete mudar a vida de quem sofre com enxaqueca, reduzindo o número e a intensidade das crises.
Liberado recentemente pela Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Erenumabe é o primeiro medicamento desenvolvido especificamente para a profilaxia da enxaqueca. “Um dos principais diferenciais da medicação é que ela praticamente não oferece efeitos colaterais. O fármaco, aplicado via injeção subcutânea, é um anticorpo monoclonal sintetizado em laboratório. Os anticorpos acabam sendo direcionados para o bloqueio da CGRP, molécula do Sistema Nervoso relacionada à enxaqueca; quando a nova molécula se associa à CGRP há diminuição das crises”, explica o Dr. Mario Peres, neurologista da Sociedade Brasileira de Cefaleia.
Comercialmente registrado como Pasurta no Brasil, o medicamento tem a parceria da Novartis, responsável pela comercialização e distribuição, e a Amgen, para produção e desenvolvimento em nível global.
“Ribeirão Preto é referência nacional em saúde e estamos lisonjeados pela escolha da Immunità para a primeira infusão no Brasil da nova medicação contra enxaqueca. Isso demonstra reconhecimento pelo trabalho sério e de qualidade que desenvolvemos na clínica”, realça o médico Rodrigo Nóbrega, gestor da Clínica Immunità e sócio-fundador e diretor da Gesti – Gestão e Soluções em Terapia Intensiva.
Segundo o médico neurologista e responsável técnico pela clínica, Francisco Antunes Dias, o medicamento é muito eficaz e apresenta efeitos colaterais quase nulos. “Até então não existiam tratamentos específicos contra enxaqueca. O Erenumabe é uma substância inovadora, produzida na forma de injeção, criada para prevenir e reduzir a intensidade da dor da enxaqueca. O tratamento consiste em uma injeção mensal do medicamento”, destaca o médico (foto, Galeria de Fotos; não disponível na versão mobile do site).
A professora Andrea Nahime de Medeiros e a médica neurologista Rhelen Piantino Rabello foram as primeiras pacientes brasileiras que iniciaram o tratamento com o Erenumabe. “Sofro de enxaqueca há 23 anos e já fiz diversos tratamentos, tomei remédio para epilepsia, fiz bloqueios, aplicações de toxina botulínica, e nada adiantou. Estou com muita expectativa e espero ficar sem dor com o novo tratamento”, comenta Andrea.
“Eu tenho enxaqueca desde criança, sendo que as crises diárias começaram há 20 anos. Fiz todos os tratamentos possíveis para amenizar minhas crises e sei que não existe cura para enxaqueca. Mas estudos mostram em uma redução de 50% das crises com a nova medicação. Já fico feliz se eu passar 15 dias no mês sem dor”, acrescenta Rhelen.
A enxaqueca crônica, ou migrânea, é uma doença neurológica, sendo a terceira mais prevalente no mundo. Frequentemente ocorre durante o auge da idade produtiva, entre 35 e 45anos e, muitas vezes, resulta em incapacidade temporária durante os as crises. A enxaqueca atinge 15 a cada 100 brasileiros, o que equivale a 30 milhões de pessoas no país. Para as mulheres a doença é mais comum, em uma proporção de 2:1, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A OMS ainda lembra que a enxaqueca é a sexta doença mais incapacitante no mundo.
A Immunità, que fica no Centro Médico RibeirãoShopping, é a primeira clínica de Ribeirão Preto voltada para tratamentos por meio de medicação intravenosa, intramuscular ou subcutânea.
(Fotos: Freepik/divulgação; divulgação)
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