O Levantamento Rápido do Índice de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) de outubro deste ano revela que 117 municípios brasileiros estão em situação de risco para a ocorrência de epidemias de dengue, outros 533 em alerta e 813 cidades com índice satisfatório é o que revelou nesta terça-feira, 4, o Ministério da Saúde.
Elaborado pelo Ministério da Saúde em conjunto com estados e municípios, o LIRAa foi realizado em outubro deste ano em 1.463 cidades brasileiras, entre elas São José do Rio Pardo e São João da Boa Vista. Mococa não aparece neste Levantamento.
A pesquisa é considerada um instrumento fundamental para orientar as ações de controle da dengue, o que possibilita aos gestores locais de saúde anteciparem as ações de prevenção.
Alerta total - O ministro da Saúde, Arthur Chioro, destacou que a queda expressiva nos números de casos e óbitos por dengue neste ano se deve às medidas de prevenção adotadas pelo governo federal, pelos gestores locais e sociedade. Chioro alertou, no entanto, que é preciso manter e reforçar estas ações para combater, não apenas a dengue como o chikungunya. "As medidas de enfrentamento e prevenção das duas doenças são as mesmas. Temos de intensificar estas ações e prestar bem a atenção nas informações que o LIRAa nos revela. Trata-se de uma ferramenta muito potente que nos dá informações importantes", observou. Ele explicou que os gestores municipais têm informações qualificadas para atuar nos bairros com maiores índices de infestação e os principais depósitos onde as larvas dos mosquitos foram encontradas.
Levantamento de São José e São João – Os municípios classificados como de risco apresentam larvas do mosquito em mais de 3,9% dos imóveis pesquisados. É considerado estado de alerta quando menos de 3,9% dos imóveis pesquisados têm larvas do mosquito, e satisfatório quando o índice está abaixo de 1% de larvas do Aedes aegypti.
São João da Boa Vista e São José do Rio Pardo aparecem com 0,3% e 0,0%, respectivamente, indicando índice satisfatório e sem risco de epidemia.
De acordo com o levantamento, nenhuma capital está em situação de risco. São dez as capitais que apresentaram situação de alerta (Porto Alegre, Cuiabá, Vitória, Maceió, Natal, Recife, São Luís, Aracaju, Belém e Porto Velho) e outras 11 estão com índices satisfatórios (Curitiba, Florianópolis, Brasília, Campo Grande, Goiânia, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Macapá, Teresina e João Pessoa). Seis capitais (Boa Vista, Manaus, Palmas, Rio Branco, Fortaleza e Salvador) ainda não apresentaram ao Ministério da Saúde os resultados do LIRAa.
Prevenção sempre - O secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, reiterou a importância do levantamento, como estratégia de prevenção da doença. "A informação que o LIRAa proporciona é importante para o gestor municipal agir e para a população se prevenir. Sabendo que a maioria dos focos está em armazenagem da água, o prefeito irá direcionar a ação para caixa d'água destampada”, explicou o secretário. Segundo ele, com isso a equipe poderá orientar a população sobre os cuidados com esses recipientes. “Em apenas 15 minutos semanais, as famílias podem fazer o inspeção dentro de casa e destruir os focos dos mosquitos”, frisou.
O secretário, no entanto, ressaltou que o fato de uma determinada cidade estar em situação satisfatória no LIRAa não significa que esteja protegida. "Se o município parar de agir, a população de mosquito pode crescer", alertou. Barbosa esclareceu que um município com população de mosquito elevada pode ter transmissão de chikungunya.
Sobre o Chikungunya - A febre Chikungunya é uma doença causada por vírus do gênero Alphavirus, transmitida por mosquitos do gênero Aedes, sendo o Aedes Aegypti (transmissor da dengue) e o Aedes Albopictus os principais vetores. Os sintomas da doença são febre alta, dor muscular e nas articulações, cefaleia e exantema e costumam durar de três a 10 dias. A letalidade da Chikungunya, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), é rara, sendo ainda menos frequente que nos casos de dengue.
Para evitar a transmissão do vírus, é fundamental que as pessoas reforcem as ações de eliminação dos criadouros dos mosquitos. As medidas são exatamente as mesmas para a prevenção da dengue.
(Foto: reprodução)
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